Pois é daí que saem as respostas!
Durante minha pré-adolescência e início da adolescência eu lia a revista Capricho. Naquela época, bem diferente das edições de hoje, a revista era retrato da jovem do final dos anos 90 e início dos anos 2000. Eu lia, devorava a revista que a minha tia assinava. Depois de alguns anos, herdei essas revistas, que inclusive estão arquivadas no meu antigo armário, lá no Rio. Elas são importantes pra mim, pois foram responsáveis pelo meu amor pela moda.
O filme "As Patricinhas de Bervely Hills" também tiveram sua importância, mas pelo início do meu amor pelo figurino. Me lembro de aos 10 anos estar analisando o figurino do filme, ao meu modo é claro, mas analisando e pensando em cada personagem e seu papel na história.
Nessa época eu usava o que queria, da forma que eu queria: usava sandália dourada no dia a dia junto com jeans, usava todos os acessórios de uma cor só e sandálias plataformas dignas de clubers. E sabe o que me fazia ter coragem de sair daquele jeito na rua? A minha mãe falar: "você tá linda, minha filha!". Eu até poderia não estar, mas estava sendo eu mesma, e todos na rua olhavam, riam ou tinham qualquer outra reação não muito amigável, mas eu não estava ligando, pois sabia que estava sendo eu mesma!
Depois eu cresci, e fui estudar em um colégio onde existia uma delimitação muito forte dos grupos. Ali eu me perdi um pouco, não sabia onde queria estar e por consequencia o que vestir! Depois entrei na faculdade e tudo na minha cabeça começou a ser mais livre e o meu pensamento mais aberto. Voltei a entender que ouvir a minha mãr dizer: "você está linda, minha filha!" já bastava, pois eu estava sendo eu mesma.
Achei um lugar onde podia me expressar da forma que fosse e pasmem: era uma igreja! Ali eu usei calça de pijama (e dourada) antes de todo mundo, usei arco de arames retorcidos, usei chapéu japonês e camisa de retalhos. Criei figurinos, cenários, eventos e tudo mais! Essa liberdade que experimetei deveria ser obrigatória para todas as pessoas do mundo!
Eu sei que você já ouviu esse clichê mil vezes, mas ser você mesma é o que vai fazer as pessoas gostarem ou te odiarem de verdade. Quer inspirar outras pessoas? Então se vista como você realmente quer, pois é impossível alguém querer se inspirar em algo falso.
Ter um bom mural de inspiração também é interessante, pois geram novas ideias de compra e fica mais fácil reaproveitar de forma inovadora as peças que você já tem! Mas nunca se esqueça que você deve respeitar a sua essência. Exemplo: eu não gosto de sneacke enorme! Todo mundo está usando, todo mundo está comprando, 50 mil fashionistas já saíram em algum look do dia com esse tênis de salto embutido, mas eu não curto e não vou negar a mim mesma e usar só porque quero ser hype. Prefiro usar o coturno, que é confortável, quentinho e também é tendência. A única marca que fez um sneacker lindo foi a Farm, que misturou o tênis com coturno! Ficou incrível e esse eu até compraria!
Então, olhe para você! Para as músicas que você curte, para os filmes que te dão prazer, copie fotos que possam te inspirar e viva! Depois desse primeiro passo você pode ter certeza que tudo vai ser mais verdadeiro: seus looks, suas opniões, suas palavras e até as suas amizades. Olhando para você, as respostas para as suas perguntas vão ser encontradas. Desde a roupa que você vai usar essa noite até como será seu vestido de noiva.
#Das coisas simples, até as coisas importantes, uma certeza: olhe para você!
Bjos
♥
Ps: As fotos são da Rebeca França!