Apesar de morar em Pelotas, ainda não conheço a Colônia Z3, um povoado que fica a 30km do centro de Pelotas. Por lá, eles vivem sobretudo da pesca. E foi dentro desse universo que mulheres artesãs mudaram não só as suas vidas, como também a vida de toda uma comunidade.
As redes que seus maridos não usam mais se transformam em peças feitas à mão e com todo o carinho do mundo! Cortam, lavam, tingem e trabalham os fios das redes em crochê ou no tear. Depois de tanto trabalho, montaram a Coleção Redeiras, onde as bolsas são as peças mais desejadas. Também confeccionam mochilas, biojoias, cintos e clutchs. Elas utilizam também escamas, couro de peixe (corvina, tainha, cascuda e linguado) e prata.
Procurnando sobre o grupo no Google, encontrei essa declaração de umas das Redeiras da Z3 e deu vontade de chorar, de tanta emoção. Mari Ângela, mais conhecida como Zuka, disse:"A gente se espanta com a
admiração dos outros. Eu só sabia cuidar de casa e tecer rede. Por isso, quando
entrei no projeto, fui logo avisando que só tinha duas mãos esquerdas. Hoje, me
apresento como artesã. Foi uma mudança grande".
O grupo já participa de grandes eventos nacionais! Já receberam pedidos de 3 lojas cariocas, vendem para São Paulo e para lojas no Nordeste. Nisso tudo, já faturaram mais de R$ 75 mil reais. É um exemplo muito bacana para que outros grupos de artesãos possam ser valorizados.
#Feliz dia Mundial do Artesão para todas essas guerreiras! ;) Comenta AQUI!
Bjos
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