Minhas Superações de Férias

Para isso nunca se tem descanso!

Em março desse ano estava passado por mais um momento de muitas mudanças - sim, eu sei, estou repetindo 10 vezes essa palavra em cada post - e resolvi fazer uma colagem para colocar como plano de fundo do meu note, para me inspirar bastante nessa nova fase e em todas as minhas vontades para esse novo ciclo, de recuperação mesmo. E aí, no meio de tudo, coloquei uma arte que diz: "A vida começa quando termina a sua zona de conforto." Estava selado aí uma frase que eu iria lembrar para sempre.


Desde então venho enfrentado várias situações que estão me tirando da zona de conforto, como se o universo tivesse falado: "Não era isso que vocês queria?". O problema é que nunca é fácil sair da zona de conforto, nunca é legal. Sempre é chato e desgastante. Um grande exemplo, que marcou a minha vida nessas férias, foi descobrir um esporte. eu sempre quis ter um esporte para chamar de meu, mas não sei nadar, não sou boa com bola e nem com pranchas - apesar de estar com muita vontade de também tentar sup -. Gosto de estar em movimento e adoro caminhar, mas nunca pensei nisso como um esporte. Até que ele me tirou da zona de conforto sem eu perceber e me cativou justamente por me fazer chorar, e muito.


Eu e o Jeff estivemos em Paraty logo no início das nossas férias e fizemos a trilha para Praia do Sono, Antigos e Antiguinhos. Eu estava bem empolgada, mal sabia o que ia me esperar. Já no início para a Praia do Sono eu estava morta! Coração muito acelerado, falta de ar e já pensando que eu não ia aguentar nem metade do caminho. Pensei em desistir, mas o Jeff não deixou, disse que quando eu topei ir formamos um time e eu não poderia deixar ele sozinho. Então, continuei. Aí o caminho ficou mais fácil e o meu corpo de acostumou. A trilha não é difícil, só o início, com escadas infinitas, é que deixou mal. A praia é linda e super vale a pena! 

Depois de um mergulho fomos fazer a trilha para a Antigos. De longe vi que o caminho seria bem complicado, com uma parte íngreme e muito escorregadia. Subi querendo desistir e sem saber como dar o próximo passo, travando mesmo. Deu raiva de mim mesma, insegurança total nos meus próprios passos. Não foi fácil ver toda a sua insegurança - em tudo na vida - claramente nos seus pés. Jeff novamente não deixou eu desistir. Continuei, morrendo de raiva do Jeff e de todas aquelas pedras e do barro escorregadio. Passando isso, tudo ficou mais fácil e chegamos na Antigos. Depois para Antiguinhos é um pulo e foi bem fácil. Mas na volta...


Na subida de Antigos para a Praia do Sono eu já estava morta novamente. Subidas sempre acabam comigo, desde que sejam íngremes. Parei várias vezes no caminho e estava me perguntando por qual motivo eu tinha topado aquilo tudo. Porquê? Para quê? Será que as praias e o visual valiam mesmo a pena? Depois me perguntei o motivo de tanto cansaço, afinal, sou jovem, porque tanto desespero? Já chorando por dentro, relembrando todo o caminho que ainda teria que fazer para chegar finalmente no carro, na zona de conforto, só queria chamar a minha mãe para que ela me tirasse com um guindaste daquele lugar. Até que chegou aquela parte terrível que eu tive muita dificuldade. 


Estava tão irritada, tão cansada, tão decepcionada comigo mesma que fiquei muito nervosa. Aí já estava chorando, sério, chorando. Jeff brincava comigo e isso me deixava com muito mais raiva. Até que falei com ele para não falar comigo, para me deixar quieta. Estava tão reflexiva e desesperada que realmente precisava de um silêncio. Aí ele começou a tirar fotos minhas, mas graças a Deus no momento achei que ele estivesse tirando fotos da vista. Ele registrou o momento que me superei - em todos os quesitos - e a partir desse momento eu vi que tinha sido escolhida por um esporte: o trekking. Na verdade ainda estou no nível caminhada e trilha, mas vamos aos poucos né?


A partir daí outras trilhas ficaram bem mais fáceis, porque passei a ver que até no caminho que eu achava impossível eu consegui passar, na ida e na volta. Jeff me disse uma coisa que ficou gravado em mim: "Grazy, você é muita mais forte do que imagina. Não se fragilize". É justamente isso, quem diz se você é forte ou fraca é apenas você mesmo. Então, eu resolvi ser forte. Depois fizemos a trilha da Praia do Perigoso e a da Praia do Meio, na Barra da Guaratiba. Foi fácil, até nos momentos de pedra íngreme com mangueira de bombeiro ajudando no mini rapel. Só as escadas intermináveis é que ainda me abalam, mas eu acho que é muito mais psicológico do que tudo. Superação me define nesse momento!


 #E aí gente, o que acharam desse desabafo sobre superação? Comentem AQUI!

Bjos